As tristes consequências do suicídio
Volta e meia aparece na mídia alguma
reportagem sobre o suicídio, suas causas, consequências, repercussões sociais...
Especialistas tecem conjecturas sobre o que leva as pessoas a se suicidarem e o
que as impede, e assim vai.
Triste que poucas vezes vejamos os
ensinamentos espíritas serem trazidos à tona nessas ocasiões. Desde a
Codificação, ou seja, há mais de 150 anos, o Espiritismo nos traz boas respostas
sobre causas e consequências do suicídio, valendo-se de métodos que a Ciência
tradicional jamais admitiria, como ouvir os próprios suicidas, do lado de lá, a
nos revelarem a sua situação "post mortem".
O Livro
dos Espíritos discorre amplamente sobre o suicídio na visão espírita.
Vejamos alguns dos pontos mais relevantes:
- 944 O homem tem o direito de dispor de sua própria vida?
- – Não, apenas Deus tem esse direito. O suicídio voluntário é uma transgressão dessa lei.
- 946 O que pensar do suicida que tem por objetivo escapar das misérias e decepções deste mundo?
- – Pobres Espíritos, que não têm coragem de suportar as misérias da existência! Deus ajuda aqueles que sofrem, e não aos que não têm força nem coragem. As aflições da vida são provas ou expiações; felizes aqueles que as suportam sem queixas, porque serão recompensados! [...]
- 950 O que pensar daquele que tira a própria vida na esperança de atingir mais cedo uma vida melhor?
- – Outra loucura! Se fizer o bem a atingirá mais cedo. Pelo suicídio retarda sua entrada num mundo melhor, e ele mesmo pedirá para vir terminar essa vida que encurtou por uma falsa idéia. Um erro, seja qual for, nunca abre o santuário dos eleitos.
O Livro
dos Espíritos, assim, deixa claro que o suicídio nunca é a saída para nenhum
tipo de problema. Não resolve nenhuma situação, não afasta nenhum mal. Pelo
contrário: sempre piora a situação que o suicida visava resolver por meio do
suicídio.
Se pretendia fugir ao sofrimento, se verá com as mesmas antigas
dores, no mundo espiritual, e outras mais ainda, aquelas causadas pelo suicídio.
Seu sofrimento aumenta ao ver que não pôde pôr fim à sua existência, constatando
que terá que continuar sofrendo, e agora com mais severidade, pois cometeu outra
grande falta.
Se pretendia reencontrar um ente querido, demorará mais
ainda a vê-lo, ficando necessariamente afastado deste ente no plano espiritual.
Isto lhe será imposto como castigo, por ter antecipado a própria morte,
mostrando desprezo pelo bem sublime que lhe fora dado por Deus, a vida corpórea,
meio necessário a tantos aprendizados e tarefas da maior
importância.
Temos vários exemplos como esse, contados pelos próprios
suicidas, por meio de médiuns, no belíssimo livro O Céu e o
Inferno, de Allan Kardec.
Além disso, o Evangelho
Segundo o Espiritismo também nos adverte contra as nefastas consequências
para os suicidas:
Capítulo 5 - BEM-AVENTURADOS OS AFLITOS"O Suicídio e a Loucura"17 Para contrapor-se à idéia do suicídio, o espírita tem vários motivos: a certeza de uma vida futura, na qual ele sabe que será muito mais feliz quanto mais confiante e resignado tenha sido na Terra; a certeza de que, ao encurtar sua vida, alcançará um resultado completamente oposto daquele que esperava, porque liberta-se de um mal para entrar num outro pior, mais longo e mais terrível; que se engana ao acreditar que, por se matar, chegará mais rápido ao Céu, e, além de tudo, o suicídio também é um obstáculo para que ele se reúna às pessoas de sua afeição, que esperava reencontrar no outro mundo. Daí a conseqüência de que o suicídio, dando-lhe apenas decepções, está contra os seus interesses.
A reprovação do suicídio decorre de sua essência
mesmo. Trata-se de um ato que põe fim antecipado a uma existência que, como
todas as outras, estava destinada a provações e expiações, a crescimento e
aprendizado, a tentar, errar, aprender, ajudar ao próximo e a si mesmo... Daí a
sua essência infeliz.
Mas não percamos as esperanças e a fé nunca! Nem
tudo está perdido, jamais, nem mesmo para os suicidas, graças a
Deus!
Nosso Pai Celestial, fonte infinita da mais pura Bondade e Amor,
sempre dará novas oportunidades aos irmãos suicidas, facilitando a depuração do
seu ser, sua evolução e melhoria dos seus sentimentos e da sua fé.
Assim
é que a todos sempre se dará nova chance, a seu tempo! O tempo pode ser mais ou
menos longo; a jornada até lá, pode ser mais ou menos difícil; mas todos,
invariavelmente todos mesmo, conseguirão erguer seus espíritos à categoria de
pureza e bondade sublime a que todos aspiramos.
Seja você parente, amigo
ou colega de um suicida, ou seja você alguém que um dia já pensou ou pensa em
tirar a própria vida, não desanime e não perca sua fé jamais! Confie em Deus,
ore sempre, ore com o seu coração, e Ele sempre lhe dará, imediatamente, o
amparo e a luz de que você precisar.
Ore livremente, com o seu coração e
com suas próprias palavras. O seu sentimento verdadeiro é sempre o mais
importante! Se precisar, no entanto, de ajuda para a sua oração, sugiro a prece
72 do Evangelho
Segundo o Espiritismo:
Prece Por um suicidaSabemos, Senhor, meu Deus, o destino reservado àqueles que violam vossas leis ao encurtar voluntariamente seus dias; mas sabemos também que vossa misericórdia é infinita: dignai-vos estendê-la sobre a alma de ... Possam nossas preces e vossa piedade suavizar a amargura dos sofrimentos que suporta por não ter tido a coragem de esperar o fim de suas provas!Bons Espíritos, cuja missão é ajudar aos infelizes, tomai-o sob vossa proteção, inspirai-lhe o arrependimento por sua falta, e que vossa assistência lhe dê a força para suportar com mais resignação as novas provas que terá de passar para repará-la. Afastai dele os maus Espíritos que poderiam levá-lo novamente para o mal e prolongar seus sofrimentos, fazendo-o perder o fruto de suas futuras provas.Vós, cuja infelicidade é o motivo das nossas preces, que possa nossa compaixão suavizar a amargura e fazer nascer em vós a esperança de um futuro melhor! Esse futuro está em vossas mãos; confiai-vos à bondade de Deus, cujos braços sempre estão abertos a todos os arrependimentos, e só permanecem fechados aos corações endurecidos.
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